ANÁLISE ON CHAIN DO BITCOIN – RELATÓRIO SEMANAL

cenário macro

Estamos chegando ao final do primeiro semestre de 2023 e até agora temos testemunhado um desempenho expressivo nos principais índices americanos. O S&P 500, por exemplo, acumula uma alta de cerca de 12% no semestre, enquanto o Nasdaq registra um impressionante aumento de aproximadamente 33%. Esses números são excelentes quando analisamos exclusivamente o mercado tradicional.

No entanto, esta semana promete trazer volatilidade aos mercados de risco, conforme observamos o calendário econômico. Um dos dados mais aguardados é o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que foi divulgado hoje, revelando uma queda na taxa de inflação americana de 4,9% para 4%. Essa redução pode despertar um maior apetite por risco por parte dos investidores. A seguir, apresentamos os principais dados que serão divulgados ao longo da semana:

Terça-feira (13)

CPI dos EUA (Índice de Preços ao Consumidor)

Quarta-feira (14)

IPP dos EUA (Índice de Preços ao Produtor)

Taxa de Juros dos EUA

Coletiva de Imprensa com Jerome Powell

Quinta-feira (15)

Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego

Núcleo de Vendas do Varejo

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Já no mercado cripto tivemos algumas baixas na última semana. O principal drive que acertou em cheio o mercado de criptomoedas foi a ofensiva da SEC contra a Binance, Coinbase e algumas criptomoedas. Gary Gensler disse que determinadas moedas deviam ser enquadradas como títulos, isso fez com que a Robinhood (corretora) anunciasse que até dia 27 desse mês encerraria as operações dos criptoativos citados pelo presidente da SEC. Tudo isso trouxe muita pressão de venda para diversos criptoativos, principalmente para os 48 citados na ação da SEC. Os principais são: MATIC, XRP, ALGO, TRX, FILE, BNB, ADA, ATOM, SAND, MANA, AXS E COTI.

Essas incertezas e ataques ocorrendo dentro da jurisdição americana só afasta as empresas que desejam trabalhar com cripto dos EUA. Hong Kong já sinalizou interesse para que a Coinbase estabeleça sua sede em seu território e deve atrair muitas outras empresas, pois deseja ser um grande hub cripto.

análise on chain do bitcoin

Mineradores Enviando Bitcoin para Corretoras

Nos últimos dias, vimos um grande inflow proveniente de mineradores. Para sermos mais exatos, tivemos o terceiro maior pico da história de inflow de Bitcoin vindo dos mineradores nos primeiros dias de junho. Os mineradores passaram por dificuldades durante o final de 2022 onde o custo de produção estava acima do preço do Bitcoin. Com isso, muitos mineradores foram obrigados a encerrar suas operações pois não conseguiram custear as operações.

É importante ficarmos atentos a essas movimentações provenientes de mineradores, já que são players importantes dentro do ecossistema. Mesmo com esse grande número de envio para corretoras não vimos quedas expressivas no preço do Bitcoin.

Envio de Bitcoin para Corretoras Separado por Grupos

Outro gráfico que entendemos ser de suma importância, é o que analisa o volume de inflows separado por categoria de holders.

Do total enviado para corretoras nos últimos dias temos:

76,4% depositados por Holders de Curto Prazo

1,9% depositados por Holders de Longo Prazo

21,7% transferências entre corretoras

Com esses dados mapeados concluímos que os holders de longo prazo não venderam seus bitcoins. Já os holders de curto prazo foram os que mais enviaram nos últimos dias. Entendemos que os players que fazem movimentos maiores e que têm maior representatividade para o mercado, sejam os Holders de longo prazo. Como eles não enviaram seus bitcoins para corretoras, entendemos que a correção diz respeito apenas para o curto prazo.

gráfico de preço do bitcoin

Apesar das recentes ofensivas da SEC contra as criptomoedas, o Bitcoin segue respeitando os principais pontos de resistência e de suporte. Como já adiantamos nos relatórios anteriores, o principal suporte de curto prazo está na faixa dos US$ 25.000 e a resistência na região dos US$ 30.000. Enquanto o preço não romper algum desses dois pontos, devemos continuar em uma lateralidade aguardando uma definição.

tron

Nesta seção vamos falar a respeito de um das maiores e mais antigas blockchains do mercado cripto, a Tron (TRX). Dificilmente encontramos algum usuário cripto que ainda não tenha utilizado a Tron, principalmente para fazer transações de stablecoins. Tron é uma Layer 1 onde os desenvolvedores podem construir diversas aplicações descentralizadas para DeFi, por exemplo. Desde seu início é a rede preferida por diversos investidores para fazer transferências de stablecoins, já que a rede se provou muito segura, rápida e de baixo custo para esse tipo de transações.

Em 2022 a Tron lançou sua própria stablecoin algorítmica chamada USDD. Essa stablecoin é super colateralizada, seu fundador Justin Sun optou por emitir menos USDD do que tem em reservas. Isso significa que, caso o mercado colapse por algum motivo, a USDD conseguiria se manter pois as reservas em dólares são maiores do que a quantidade de USDD emitida.

 A Tron ocupa o segundo lugar em total travado dentro da blockchain (TVL) com US$ 5.47 bi, perdendo apenas para Ethereum. A sua criptomoeda nativa leva o ticker de TRX e vem se segurando muito bem durante todo o bear market. Através da estratégia de ativos líquidos da Uniera já é possível ter exposição a TRX, clique aqui e saiba mais.

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