Principais Diferenças entre os Segmentos no Universo Cripto
Dentro do universo cripto temos diferentes tipos de soluções. Entendemos que os projetos foram criados para suprir as mais diferentes demandas. Para despertar o interesse dos investidores, esses tokens/moedas precisam capturar valor e, de fato, trazer demanda para seu projeto.
A blockchain veio para revolucionar a forma como interagimos com a internet e o dinheiro. Com isso em mente, vários projetos têm como objetivo resolver questões do dia a dia e ser úteis como negócios. No universo cripto, conhecemos vários tipos diferentes de projetos, desde jogos com recompensas até finanças descentralizadas (DeFi).
Neste artigo, descreveremos mais sobre alguns segmentos e como eles funcionam.
Layer 1
Este termo se refere a uma blockchain base capaz de validar e finalizar transações sem a necessidade de outra rede. Normalmente, essas blockchains possuem sua própria criptomoeda e atraem desenvolvedores para trabalhar em aplicativos descentralizados que podem ser executados dentro dessa blockchain nativa.
Soluções muito bem estruturadas, trazem mais demanda por criptomoedas, pois várias aplicações podem ser construídas sobre a camada principal, como jogos, DeFi, metaverso e soluções inovadoras por meio de dApps.
Por possuir sua própria blockchain, esse segmento oferece grandes oportunidades de investimentos, quando pensamos longevidade e na demanda pelo projeto.
Exemplos: Ethereum, Solana, Avalanche, Elrond e Near
Layer 2
Também conhecidas como redes secundárias, elas funcionam como estruturas subjacentes que auxiliam no processamento das transações da blockchain principal.
As L2s trazem demanda, mas com a limitação de trabalhar para a camada principal, resolvendo problemas de escalabilidade que são cruciais para aumentar o número de transações da camada principal.
Algumas L2s acabaram abrindo outras frentes, como o Polygon, por exemplo, que expandiu suas operações para NFTs e assinando várias parcerias com grandes empresas do mundo real.
Exemplos: Metis DAO, Arbitrum, Optimism e Loopring
DeFi
Este nome vem de Finanças Descentralizadas, sabemos que no modelo tradicional de finanças (bancos) temos acesso a várias ferramentas financeiras, como empréstimos, investimentos, entre outros. O DeFi traz mecânicas semelhantes ao que já conhecemos, mas por meio de plataformas descentralizadas e seus contratos inteligentes, eliminando intermediários das negociações.
Dentro do ecossistema das Layers 1, temos os aplicativos descentralizados (dApps) que podem ter várias funções, sendo uma delas o DeFi. Dentro das finanças descentralizadas, podemos trocar tokens, emprestar e pegar emprestado criptomoedas, fornecer liquidez para protocolos, tudo por meio de contratos inteligentes, sem interação com pessoas.
Para pegar emprestado, é necessário deixar sua criptomoeda como garantia para ter acesso ao crédito. Se o mercado oscilar e o preço do ativo cair para o limite especificado no momento da contratação, a margem de garantia será executada para honrar a dívida.
Exemplos: AAVE e Compound
Jogos e Metaverso
Outro segmento que tem muito a crescer é o dos tokens de jogos e de metaverso. Existe uma economia gigantesca no mundo real que gira em torno dos jogos, mas de forma centralizada, onde apenas a empresa responsável pela produção do jogo é recompensada.
Em um universo descentralizado através da blockchain, os jogadores já podem ter propriedade sobre os itens encontrados ou comprados no jogo, podendo monetizá-los por meio de NFTs, vendendo ou alugando dentro de um marketplace. Dessa forma, todos os envolvidos nessa economia podem lucrar.
Em todos os casos mencionados acima, é necessário fazer uma pesquisa para entender a utilidade do token, seu ecossistema e sua economia, a fim de aumentar as chances de que seu investimento prospere.
Exemplos: Star Atlas, Axie Infinity e Illuvium
Soluções inovadoras
Esses são aplicativos desenvolvidos para serem disruptivos como produto. Podemos ter aplicativos de mobilidade descentralizada, plataformas inovadoras de acesso a produtos, entre outras soluções que podem trazer inovação por meio da blockchain, visando à descentralização.
Exemplo: Bloxmove
NFT
Os NFTs, ou Tokens Não Fungíveis, são uma forma única e especial de criptomoeda que representam ativos exclusivos e indivisíveis, como obras de arte digitais, itens colecionáveis e propriedades virtuais. Ao contrário das criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin, os NFTs não podem ser substituídos por outras unidades idênticas, cada um possui características únicas. Eles são registrados em uma blockchain, o que assegura a autenticidade, a posse exclusiva e a rastreabilidade desses ativos digitais. Os NFTs têm sido amplamente utilizados no mercado de arte digital e em jogos online, possibilitando que criadores e proprietários desses ativos os negociem, vendam e colecionem de maneira segura e transparente.
Exemplos: Bored Ape Yatch Club e Azuki
Conclusão
Existem várias maneiras de investir em cripto e vários projetos que visam resolver questões do dia a dia. Para entender melhor o que cada projeto visa fazer, é necessário fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre as soluções propostas.
Com uma devida diligência já feita, será possível compreender as razões para investir ou não investir em determinados projetos. Entender a mecânica econômica do projeto é extremamente necessário para saber se o investimento faz sentido ou não.
Agora que você conhece os diferentes tipos de segmentos dentro do universo cripto, é mais fácil entender por que alguns tokens/moedas têm mais demanda do que outros.