Fork na blockchain: como funciona

Entenda o que é um fork na blockchain e como ele pode afetar o funcionamento de uma rede descentralizada. Um fork acontece quando um grupo de participantes ou desenvolvedores de uma blockchain concorda que algo fundamental precisa ser alterado. Isso resulta na criação de uma cópia do software com modificações, enquanto o projeto original continua funcionando normalmente.

Os forks podem ser iniciados por desenvolvedores ou membros da comunidade que estão insatisfeitos com os recursos existentes ou que discordam da direção que a rede está seguindo. Eles geralmente ocorrem quando há uma divisão no consenso dos participantes, o que leva a criação de duas blockchains distintas onde antes havia apenas uma.

As razões mais comuns para um fork são a adição de novos recursos e a correção de problemas de segurança. É importante notar que os forks podem ter implicações significativas para os usuários da rede, como a criação de novas criptomoedas ou a perda de compatibilidade com a versão original.

Por isso, é fundamental que os usuários estejam atentos às atualizações e mudanças na blockchain em que estão envolvidos, para que possam tomar as medidas necessárias para garantir a segurança de suas criptomoedas.

hard fork

Hard Fork é uma atualização de software que não é compatível com versões anteriores, o que pode tornar os nodes da versão mais recente da blockchain incompatíveis com as versões mais antigas. Durante um Hard Fork, os participantes do protocolo antigo que possuem tokens na blockchain original receberão tokens no novo fork.

Um exemplo de Hard Fork é o Ethereum Classic (ETC). Em 2016, a rede Ethereum foi hackeada, levando à perda de milhões de dólares. Isso ocorreu devido a uma falha no código de contrato inteligente do aplicativo The Dao. Com base na preocupação da comunidade, a Ethereum Foundation decidiu realizar um hard fork para reverter todas as transações e permitir que os contribuintes originais do The Dao recuperassem seus fundos perdidos. Embora a maioria da comunidade tenha apoiado o Hard Fork do Ethereum, alguns optaram por continuar com a blockchain Ethereum original, agora conhecido como Ethereum Classic.

Outro exemplo de Hard Fork é o Bitcoin Cash (BCH). Em 2017, muitos desenvolvedores queriam resolver o problema de escalabilidade do Bitcoin e propuseram aumentar o tamanho do bloco da blockchain para incluir mais transações em cada bloco. No entanto, a maioria discordou dessas atualizações, levando a uma divisão na comunidade bitcoin e, como resultado, à criação do Bitcoin Cash.

É importante destacar que um Hard Fork pode ter implicações significativas para os usuários da rede, como a criação de novas criptomoedas ou a perda de compatibilidade com a versão original.

soft fork

Ao contrário do Hard Fork, o Soft Fork é uma atualização de software que permanece compatível com as versões anteriores, sem causar mudanças estruturais fundamentais na rede. Isso significa que os participantes que não aceitam as alterações ainda podem participar da verificação e confirmação das transações.

Um exemplo notável de Soft Fork é o Segregated Witness (SegWit) que ocorreu logo após a divisão Bitcoin/Bitcoin Cash em 2017. A atualização do SegWit alterou o bloco e o formato da transação para ajudar a rede Bitcoin a se tornar mais avançada, estabelecendo assim a base para a atualização do Taproot.

conclusão

Os Soft Forks e Hard Forks são essenciais para as blockchains, pois permitem alterações, atualizações e integração de novos recursos à medida que o ecossistema é desenvolvido. É importante estar ciente das atualizações na rede e entender como elas afetam as transações e ativos digitais. Participantes da rede devem estar preparados para lidar com os riscos que as atualizações de software podem trazer para suas criptomoedas e outras transações financeiras.

by: